domingo, 20 de março de 2011

IMATURIDADE  INFANTIL




“Nos primeiros momentos, meses e anos de vida, cada toque, movimento e emoção sentidos por uma criança traduzem-se em explosão de actividade eléctrica e química no cérebro, uma vez que bilhões de células estão se organizando em redes que requerem triliões de sinapses entre si. Nesses primeiros anos da infância, experiências e interacções com os pais, os membros da família e outros adultos influenciam a maneira como a mente de uma criança se desenvolve com o impacto tão grande quanto o de factores como nutrição adequada, boa saúde e água limpa.”
(UNICEF. Situação Mundial da Infância 2001- Desenvolvimento Infantil).

A criança nasce, simultaneamente, duas vezes: biológica e socialmente, o que equivale a dizer que a criança, ao nascer, já se encontra inserida numa classe social, num grupo cultural, numa comunidade linguística e que isto será determinante no seu processo de desenvolvimento e na constituição de suas peculiaridades psíquicas e comportamentais.
Os processos de desenvolvimento e de socialização da criança são diversos, exigindo uma postura de conhecimento não só da criança, mas do seu grupo social e cultural. A criança precisa, portanto, ser considerada como um ser concreto e não como um ser abstracto e idealizado a partir de um padrão universal.
Nos estratos sociais mais baixos, por exemplo, podemos encontrar características de socialização de estilo mais comunitário e de menos afecto. Diferentemente, nas classes médias, mais próximas do modelo burguês da família nuclear, o estilo é mais individualista e a criança, em geral, é mais superprotegida. Esses estilos diferentes vão reflectir-se, desde muito cedo, na postura da criança em relação ao mundo e a si própria. Sem julgar o modelo de socialização existente nas diferentes classes sociais, o importante é não confundir, por exemplo, a maneira de educar da classe popular com falta de amor e afecto, nem considerar como ideal o modo da classe média lidar com as crianças.



Este modo de agir com a criança, também pode influenciar o seu desenvolvimento, pois nos dias de hoje as crianças vivem bombardeadas de informações, usam aparelhos electrónicos, vídeo-jogos, computador e TV. Mas, apesar de todo esse avanço tecnológico, temos de nos lembrar que a criança não é um adulto. Por mais que fale bem, faça cursos, ela ainda é uma criança e, muitas vezes, as pessoas esquecem isso.
A imaturidade pode ser entendida como um atraso no desenvolvimento da criança.
Uma criança torna-se imatura, na maioria das vezes, porque os seus responsáveis não "permitem" que a mesma cresça, no sentido de aprender a realizar tarefas sozinhas, independentemente de estas estarem certas ou erradas.
Podemos dizer que as crianças precisam de independência desde pequenas. Elas devem ser incentivadas por seus pais ou responsáveis a realizar suas tarefas, mostrando que ela é responsável pelas consequências de seus actos, sejam estes bons ou não. Os pais precisam mostrar aos seus filhos que todos devem ser responsáveis, quando ele fizer alguma coisa certa deve ser incentivado, elogiado mas quando erra precisa ser elucidado de forma clara para que este saiba que errou e não simplesmente passar a mão na cabeça dos filhos, como se nada tivesse acontecido.
A criança desde pequena deve ser incentivada a realizar as suas tarefas, os pais ou responsáveis devem atribuir tarefas simples para as crianças de acordo com suas idades. Por exemplo, deixar a criança responsável pela alimentação do animal de estimação, estimular e elogiar quando ela toma banho sozinha, aperta os sapatos, dentre outras actividades, sempre observando a compatibilidade com a idade da criança. Mesmo que a criança não o faça perfeito deve-lhe ser dado crédito e elogiá-la, porém sem exageros.
Uma criança que não aceita "não" como resposta, que é egocêntrica, não realiza as tarefas que colegas de sua idade realizam, por exemplo, são pontos que podem indicar que uma criança é imatura. O diagnóstico precisa ser diferenciado de algum problema neurológico. Aqui estamos falando de problemas de comportamento adquirido e não de problemas neurológicos. Uma criança que não aceita limites, não sabe executar tarefas, é insegura, terá problemas na vida adulta, tanto emocionalmente como profissionalmente.


Os pais precisam ter atenção e perceber que, dar tudo ao seu filho, não é o melhor caminho. A criança precisa aprender a ganhar e a perder, isso é aprendizado e crescimento. O psicólogo pode ajudar os pais nessa tarefa, orientando-os como seguir um caminho mais saudável emocionalmente. A tarefa é feita com a criança e com os pais. Não tem como tratar uma criança se os pais ou responsáveis não mudarem suas atitudes no quotidiano.
Isso pode ser consequência do mundo corrido em que vivemos. Na maioria das famílias o pai e a mãe trabalham muito tempo fora, estes muitas vezes se sentem culpados pela falta de tempo dedicada aos filhos e permitem-lhes "tudo", com receio de repreendê-los, dando muitas vezes bens materiais com a intenção de supri-los da falta de tempo, atenção, carinho. Esse caminho pode ajudar a desenvolver a imaturidade, a falta de limites, a crer que bens materiais valem mais que sentimentos.
Claro que não podemos responsabilizar apenas os pais e a sociedade pela imaturidade em crianças, esta também pode ter como causa uma deficiência, seja ela de origem motora, psicológica ou mental, sendo estas a maior causa de imaturidade. Falemos por exemplo de crianças com espectro Autista, a sua imaturidade está ligada à sua deficiência mental, pois é ela que não permite que a maturidade se desenvolva como nas crianças ditas normais. Nestas crianças, e pelo facto de possuírem uma deficiência, apesar de crescerem a nível físico, não o fazem a nível psíquico nem mental, podendo, muitas vezes, possuírem um corpo adulto mas a mentalidade de uma criança de 2 anos, se virmos o problema por esse prisma, uma criança, dita normal, com essa idade também não possuiu uma maturidade completamente formada, o mesmo acontece com quem possuiu NEE.

CONTO "UMA MENINA NO BOSQUE"


UMA MENINA NO BOSQUE




Certo dia, uma menina que brincava perto do bosque, viu uma bonita borboleta e correu atrás dela e sem dar conta perdeu-se no bosque.
Estava tão deliciada com a tão bela borboleta que não reparou que estava a escurecer, ficou muito aflita quando percebeu onde estava e que não sabia o caminho de volta a casa.
Correu muito mas ia dar sempre ao mesmo sítio, então, já muito cansada, sentou-se a chorar acabando por adormecer.
Durante o seu sono, sonhou que os animais do bosque falavam com ela, e que muito simpaticamente a ajudaram a encontrar o caminho de volta a sua casa.
No seu sonho, ela é acordada por uma voz que lhe pergunta:

BORBOLETA - O que fazes aqui?


A menina olhou e apenas viu a bonita borboleta que ela tinha seguido, e esfregou os olhos, meio confusa. E a borboleta repetiu:

BORBOLETA- O que fazes aqui? Estás aqui tão sozinha!

MENINA- Perdi-me quando andava atrás de ti, quando dei conta, já não sabia o caminho de volta.

De seguida, a menina olhou à sua volta e viu que estava rodeada de alguns animais. Viu um Burro, um Urso, um Gato, um Puma e a bela borboleta, ela ficou espantada ao ver que os animais falavam, só podia ser um sonho, do qual não queria acordar.

MENINA - Vocês falam? Como pode ser isso? – Perguntou a menina.

BURRO - Falamos! – respondeu o Burro - Sempre falámos!

URSO - Os humanos é que nunca nos quiseram ouvir! – disse o Urso mal-humorado.


A menina assustou-se com a forte voz com que o Urso falou, e começou a choramingar.

GATO - Não tenhas medo! – disse o Gato. – Ele tem esta voz forte, mas não é mau, apenas rezingão.

MENINA - Como faço para voltar para casa? A minha avó já deve estar preocupada! – Disse a menina.

PUMA - Se quiseres nós ajudamos-te! -disse o Puma.

MENINA - Quero sim! Que bom! – respondeu a menina muito contente.

BORBOLETA - Então segue-nos que nós mostramos-te o caminho! – disse a borboleta.


E lá foram todos juntos pela floresta.
E como num sonho, depressa viu a casa da sua avó, a menina agradeceu aos seus novos amigos e de repente ouve a avó a chamar e acordou.

MENINA - Oh foi tudo um sonho! – disse a menina.

E olhou à sua volta e viu ao longe a borboleta.

MENINA - Será ?!   

Como deve uma TAE  intervir pedagogicamente com crianças com NEE 



Durante grande parte da sua vida, as crianças e jovens são acolhidos pela escola, e é neste espaço de tempo em que se desenvolvem física e cognitivamente e que desenvolvem também competências indispensáveis para a formação da personalidade, a escola irá, portanto, continuar, integrar e ampliar a obra educativa dos pais. Depois da família, é a escola que exerce a influência máxima.
As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem adaptar, através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro das suas necessidades. As escolas regulares, ao seguirem esta orientação inclusiva, estabelecem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos. Mas é necessário que a escola tenha condições de resposta às necessidades e características dessa criança para que ela possa realmente ser integrada. A integração pressupõe que a criança deve ser educada no meio o menos restritivo possível e que este meio possa responder satisfatoriamente às suas necessidades educativas, fornecendo-lhe o apoio educativo que ela necessita para superar o seu problema, mas não obriga a que a criança com NEE permaneça sempre na classe regular.
A escola deve ser acolhedora, actualmente a escola já deixou de ser caracterizada pelo professor rígido, exigente, que nunca sorria, aliás já está cada vez mais consciente do seu papel social. A escola já não se dedica exclusivamente ao ensino e reúne uma série de actividades escolares capazes de atrair a criança nos seus interesses pessoais mas também de interesse social. A criança sabe que na escola pode brincar com os colegas, participa em festas e outras actividades de carácter mais lúdico. O mesmo acontece com as crianças com NEE, não esquecendo que a inclusão destas crianças implica um esforço dobrado, uma vez que estas necessitam de mais apoio em relação às crianças ditas normais.



 A cada dia tem aumentado o número de pessoas com necessidades especiais presentes em Instituições de Ensino, graças a leis que vieram a tentar acabar com o preconceito e a falta de informação e ajudar na inclusão de deficientes. A utilização de softwares e ferramentas adaptados para as necessidades de determinados grupos de pessoas é algo de grande importância, para isso, temos que tentar criar meios adequados, seja através de adaptações físicas ou virtuais, como a criação de programas adequados a cada tipo de deficiência.
Deste modo, existem diversas técnicas práticas que se podem adoptar, o trabalho das auxiliares deve ser feito em articulação com as educadoras, numa perspectiva de colaboração e complementaridade. A auxiliar de acção educativa deve sentir-se envolvida e comprometida em todo o trabalho que se desenvolve com os alunos, tendo uma especial atenção para com os que possuem NEE, para que deste modo eles se sintam apoiados e se relacionem com os restantes colegas, promovendo assim a socialização.
A auxiliar de acção educativa deve ter uma postura serena,  atenta,  sabendo ouvir e dando espaço para que o outro fale,  firme e segura para que seja feito o encaminhamento correcto das diferentes situações e sejam evitados ou resolvidos potenciais conflitos.
Em relação às estratégias a adoptar, foi-nos pedido que evidenciássemos uma deficiência, nós optamos por realçar o Autismo.
Uma pessoa com Autismo tem, na maior parte das vezes, uma aparência física normal, no entanto apresenta dificuldades muito específicas em três áreas do seu desenvolvimento: dificuldade em socializar-se, em comunicar-se verbal ou não verbalmente, padrões repetitivos e estereotipados de comportamento, e revelam muitas vezes respostas de hipo ou hipersensibilidade a estímulos e ou outros problemas associados.




De uma forma generalizada a incapacidade nestas áreas traduz-se, na prática, em dificuldades significativas para aprender da forma convencional e pode manifestar-se, entre outras, por algumas características como falta de motivação, dificuldade na compreensão de sequências e de consequências, défice cognitivo, dificuldades de concentração e de atenção, alterações na descriminação/processamento auditivo e na compreensão de instruções fornecidas oralmente, falta de persistência nas tarefas, dificuldades em aceitar mudanças e em compreender as regras instintivas da interacção social, alterações de sensibilidade à dor, a sons, a luzes ou ao tacto, grande redução da capacidade imaginativa e de fantasiar, interesses restritos, alterações de sono vigília, ou particularidades do padrão alimentar.
Através da criação de situações de ensino estruturado com apoio de estruturas visuais, de material próprio e de actividades adequadas às suas necessidades (plásticas, gráficas, lúdicas, didácticas, pedagógicas, …) procura-se potenciar a motivação destas crianças para explorar e aprender com o objectivo de aumentar os tempos de atenção partilhada, de interacção social, de contacto do olhar e de comunicação através do olhar, desenvolver os tempos de atenção, de concentração e de interesse pelas actividades propostas e materiais. Manter e aumentar a capacidade de agarrar objectos, actividades motoras e verbais, aumentar a consistência da resposta em contextos variados, desenvolver a capacidade de cumprir ordens em diversos contextos e a competência para iniciar, realizar e terminar tarefas de forma autónoma.
Aqui também se trabalha a linguagem, a comunicação e a interacção de forma estruturada, assim sempre que é necessário ou possível usa-se um programa de linguagem do vocabulário (MAKATON3). Este utiliza gestos e símbolos em simultâneo com a fala e permite desenvolver a comunicação funcional, a estrutura da linguagem oral e da literacia facilitando o acesso aos significados do e no mundo com os outros o que proporciona maior disponibilidade para a relação.



Num ambiente no qual a firmeza e o afecto são uma constante essencial fomenta-se a sua permanência e o convívio com as outras crianças, desenvolvendo um trabalho sistematicamente articulado, com os docentes, auxiliares e com os colegas da escola e ainda de extrema importância com as famílias, procurando-se agir em vez de reagir, no sentido de se alcançar uma integração escolar bem planificada com programas e serviços adequados que permita oferecer um conjunto de vantagens a todos os implicados.
Quem lida com crianças com Autismo experimenta sucessivas e constantes adaptações, por isso, a colaboração entre todos os envolvidos (adultos e ou crianças) é de extrema importância, pois permite a redução de ansiedades e a manutenção de um ambiente calmo entre todos os parceiros e ainda potencializa os desempenhos de cada interveniente proporcionando o desenvolvimento de novas competências e promovendo mudanças. É nesta fase que a intervenção das Técnicas de Acção Educativa é essencial pois deve estar sempre atenta e agir rápida e eficazmente.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Desenvolvimento Sexual de Crianças com NEE



O desejo sexual é uma motivação humana tão importante como a fome e a sede. Mas não envolve um défice interno que precise de ser compensado. E é uma motivação social (implica outra pessoa).
A criança é um ser sexuado, em relação consigo mesma e com os demais. A presença de manifestações e desejos sexuais em crianças, desde a pequena infância, foi uma das mais importantes polémicas levantadas por Sigmund Freud, o pai da psicanálise, há quase um século. Imaginem o escândalo dessa tese para a sociedade da época! A partir dali os estudos sobre o tema não pararam, e hoje em dia, a educação sexual ocupa espaços em muitas escolas e em muitas famílias.
O desenvolvimento da sexualidade humana começa com o contacto físico, quando os bebés são seguros e acariciados, é necessário e natural que isso aconteça, não se deve privar o bebé de contactos corporais. É necessário conhecer a criança como um ser sexuado, em relação consigo mesma e com as outras, para que se construa uma identidade sexual própria e positiva, sem maldades. A sexualidade infantil é uma das portas pela qual a criança desenvolve a sua personalidade e as suas relações com a afectividade.
Este assunto é polémico, mas necessário ser tocado, porque vemos, no mundo de hoje o aparecimento assustador de pedófilos por toda a rede e queremos deixar bem claro que a sexualidade na primeira infância trata-se de descobertas da criança, um ser puro e inocente. Nada tem a ver com sexo erotizado.
A sexualidade é uma coisa natural nos seres humanos, uma função como tantas outras, como comer, caminhar, ler, estudar, etc. E como tal, deve ser um tema a ser tratado com naturalidade, carinho, honestidade, tendo o seu próprio espaço dentro do processo educacional da criança.







Os caminhos que levam ao conhecimento do próprio corpo, de suas sensações, etc., nem sempre são os mais adequados para as crianças. Hoje em dia, as interferências neste processo de aprendizagem, fazem com que a criança esteja, cada vez mais cedo, exposta a manifestações severas, e em muitos casos incompreensíveis, da sexualidade. O culto à beleza, ao físico e à sedução, nos meios de comunicação, não distinguem a idade do seu público.
Existe um abuso das manifestações sexuais, nas quais, as crianças estão indiscriminadamente expostas. Os conteúdos sexuais podem acelerar as manifestações das crianças no tema da sexualidade, considerando que elas aprendem o que vêem fazer, na televisão, os seus pais, outdoors, e nos dias que correm também na internet, pois esta é, de todas, a mais fustigada com este tipo de conteúdos.
A educação da criança deficiente visual pode processar-se por meio de programas diferentes, desenvolvidos em classes especiais ou na classe comum, sempre com o apoio do professor especializado;
As crianças invisuais necessitam de uma boa educação geral, somada a um tipo de educação compatível com seus requisitos especiais, fazendo ou não, uso de materiais ou equipamentos de apoio.
A educação do deficiente visual necessita de professores especializados nesta área, métodos e técnicas específicas de trabalho, instalações e equipamentos especiais, bem como algumas adaptações ou adições curriculares;
A tendência actual da educação especial é manter na escola comum o maior número possível de crianças com necessidades educativas especiais;
Cabe à sociedade a responsabilidade de promover os auxílios necessários para que a criança se capacite e se possa integrar no grupo social.
Em relação ao tema da sexualidade, estas crianças não são diferentes das ditas normais, apenas necessitam de uma educação reforçada nesta área, pois necessitam de aprender a explorar o corpo de outra forma, porém, como não possuem visão tem necessidade de o explorar através do tacto, para poder ler o corpo como se de um livro em Braille se tratasse.



Nas primeiras fases do desenvolvimento, a oral e anal, as actividades não são diferentes das crianças normais, apenas deve existir um contacto físico mais frequente e prolongado, porque estando privadas da visão, necessitam de mais estímulos e “toque de pele”. A nosso entender a actividade ideal para estas fases são as massagens, pois além de lhes dar prazer, fazem um reconhecimento do seu corpo.
Na fase seguinte, a fálica, um exemplo de actividade para estas crianças é exploração do corpo humano através de bonecos representativos, sendo estes providos inclusive de órgãos genitais, feminino e masculino, para que desta forma possam reconhecer as diferenças entre meninos e meninas. Claro que este tipo de actividade é o ideal também para crianças no período da latência, pois estes bonecos têm a particularidade de se dividirem por partes, quase como um puzzle, uma vez que na fase anterior já o exploraram, vamos agora verificar se o reconhecem em separado, tendo que juntar as peças correctamente.
Na ultima fase, a genital, pressupõe-se que estas crianças já saibam ler, e nada melhor que fornecer-lhes livros informativos, em Braille, para que desta forma o seu desenvolvimento seja cada vez mais equiparado ao das crianças ditas normais.



Podemos desta forma concluir que as crianças com deficiência visual, desde que estimuladas, conseguem acompanhar as fases do desenvolvimento como se pudesse ver, só que vê com as suas mãos e necessitam de um pouco mais de tempo para concluírem a sua aprendizagem.